segunda-feira, 27 de junho de 2011

Duais lembranças das coisas que não se afogam em um copo.

É dual...tudo que sinto tem duas caras, dois sentimentos. Um corta, o outro acaricia, aquele espanca este segura, arrasta de volta. O primeiro diz “O que você tá dizendo?” o segundo entrega “se é o melhor então não evita, faz o que tem que fazer, só deixa a luz acesa e a porta encostada, eu vou pra rua”. Logo depois saio pra respirar, fumar eu não fumo, beber só se for algo que preste mas, não é o que quero hoje. Talvez compre uma barra de chocolate, um caderninho e um lápis com grafite preto, pra que eu possa chorar um pouco no papel. Depois eu volto, tomo um café bem amargo, coloco a musica mais triste, abro de novo o caderno, escrevo umas três paginas, me canso, abro a janela, me lembro de você e paro de escrever nos próximos dois dias, que é quando tudo vai doer menos. Prestes de explodir abro o caderno mais uma vez, termino o que estava fazendo. Volto a me deitar pra ver se nos sonhos encontro o que falta aqui. O ponto certo que da final a essa bagunça que chamo de lembranças.

Ouro preto, 27de junho de 2011.


L.O.F

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Se sou.

Se sou o que o que mais sofre não sei,
sou o que pensa no outro, disso tenho certeza.
Sou o que apaga tudo e continua vendo o clarão,
Sou o que ainda sonha com as coisas que já não pensa e quando pensa deseja sonhar.
Sou O que termina escrevendo palavras que não deseja escrever, no fundo.
(L.O.F)