sábado, 9 de julho de 2011

Azar e sorte .

). Antônio vai pra uma festa agropecuária enche o rabo de cerveja e resolve bancar o Schumacher em plena rodovia, nossa que azarado, o caminhão pegou ele de cheio só porque resolveu brincar de dirigir na contramão. Azar porra nenhuma o cara pede, pede não implora pra morrer, “Ei alguém ai no céu, será que dá pra me levar logo, eu vou fazer uma puta cagada que é pra morrer direito”. Os caras tem a cara de pau de por a culpa no azar, quem é o azar? Ninguém! Exatamente, os caras criam um negócio que não dá pra culpar, um negócio que sequer é palpável.

( trecho do solo "Apesar dos Erros do mundo em : Um pouco de tudo Direção Geral: Luana Crempe Direção Musical : Everton José Dramaturgia e Atuação: Leonardo Oliveira )

terça-feira, 5 de julho de 2011

O cara e a moça.

O cara estava lá com cara de pastel olhando a moça na loja da frente. O cara era o carinha que entrega pacote para as duas lojas, por azar o trabalho estava mais pesado do outro lado da rua. A moça não era vendedora, nem faxineira, nem ninguém que não conseguisse gastar uma tarde toda experimentando uma calça numero 38. O moleque ralava pra caramba, sobe e desce na moto levando coisa, desce e sobe da escada colocando caixa. Quase caiu do oitavo degrau ao ver a moça se abaixar para dobrar a barra, não era tão alta nem tão gorda, tinha corpo gostoso de se ver, apreciar até babar na camiseta suja de poeira. Rezava o carinha pra aquele bom corpo precisar também de um bom calçado para a noite que estava chegando. Só ficaria mais feliz se fosse mandado pro outro lado da rua, ficaria contente pra caramba se ela pedisse opinião "como ficou na bunda moço?" . O telefone toca, "é mal sinal, vou ter que sair ", pensa o moço. Seu anjo da guarda resolveu dar uma ajudinha, a moça tinha acabado as compras precisava de ajuda até o carro. Ela sorri ele por fora retribui, por dentro faz carnaval, solta foguete dá pulinhos e cambalhotas. "Me ajuda moço, tá pesado!" Se ela pedisse um beijo no dedinho do pé ele iria lamber. Além de tudo a mulher era gentil cacete, nem pra ser estupida. Chega no carro, ela abre o porta mala e se abaixa, tá tudo ali na sua frente, basta tocar , ele quer muito, não vê mais nada na no horizonte, ela olha para o vidro e percebe, se vira para traz e sorri "coloca a sacola moleque, depois se quiser te dou uma boa gorjeta" foi o que ele queria ter ouvido, "obrigado" foi só isso que ela disse. E afinal o cara voltou a ser o carinha, a moça foi pra noite com suas calças e tudo aquilo que tampava a visão do moleque.


(L.O.F)