terça-feira, 5 de julho de 2011

O cara e a moça.

O cara estava lá com cara de pastel olhando a moça na loja da frente. O cara era o carinha que entrega pacote para as duas lojas, por azar o trabalho estava mais pesado do outro lado da rua. A moça não era vendedora, nem faxineira, nem ninguém que não conseguisse gastar uma tarde toda experimentando uma calça numero 38. O moleque ralava pra caramba, sobe e desce na moto levando coisa, desce e sobe da escada colocando caixa. Quase caiu do oitavo degrau ao ver a moça se abaixar para dobrar a barra, não era tão alta nem tão gorda, tinha corpo gostoso de se ver, apreciar até babar na camiseta suja de poeira. Rezava o carinha pra aquele bom corpo precisar também de um bom calçado para a noite que estava chegando. Só ficaria mais feliz se fosse mandado pro outro lado da rua, ficaria contente pra caramba se ela pedisse opinião "como ficou na bunda moço?" . O telefone toca, "é mal sinal, vou ter que sair ", pensa o moço. Seu anjo da guarda resolveu dar uma ajudinha, a moça tinha acabado as compras precisava de ajuda até o carro. Ela sorri ele por fora retribui, por dentro faz carnaval, solta foguete dá pulinhos e cambalhotas. "Me ajuda moço, tá pesado!" Se ela pedisse um beijo no dedinho do pé ele iria lamber. Além de tudo a mulher era gentil cacete, nem pra ser estupida. Chega no carro, ela abre o porta mala e se abaixa, tá tudo ali na sua frente, basta tocar , ele quer muito, não vê mais nada na no horizonte, ela olha para o vidro e percebe, se vira para traz e sorri "coloca a sacola moleque, depois se quiser te dou uma boa gorjeta" foi o que ele queria ter ouvido, "obrigado" foi só isso que ela disse. E afinal o cara voltou a ser o carinha, a moça foi pra noite com suas calças e tudo aquilo que tampava a visão do moleque.


(L.O.F)

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