domingo, 15 de abril de 2012

Relato 3: Pintas ao contrário.

Aquele pedaço de mundo se transformava, as cores branco e azul iam lentamente formando desenhos que aos poucos se transformavam em rostos, animais, carros, frases, montanhas e buracos. Lentamente iam me levando para outra janela, lá eu mergulhava, naquele lago cor de céu que refletia tudo, até as coisas que nem existiam, refletia minhas lembranças, meu presente e meu futuro. Fiquei ali até que tudo se apagasse, pelo menos é o que eu esperava que acontece-se. De repente tudo ia virar preto e foi assim , tudo ficou escuro , com pontinhos brancos que chamei de pintas ao contrário, um mar de pintas ao contrário. Me diriam então que pintas são pretas e ponto mas, não estava falando de qualquer pinta e sim daquelas que são exatamente o contrário daquilo que todos conhecem, seria difícil lhes convencer disso, que a vida não é uma matemática e se quisessem poderiam olhar para um céu coberto de nuvens e chama-lo de obra de arte ou ver qualquer coisa e nomea-la de qualquer forma, chama-la daquilo que quero que seja, sem se importar com um quadrado jeito certo de entender as coisas. A vida é um circulo que gira, para cada canto um ângulo diferente, que faz com que tudo seja único.

(L.O.F)

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